domingo, 29 de junho de 2014

Ar limpo


Numa altura de desânimo e de crise há que manter o espírito aberto e as forças carregadas acreditando no potencial individual e no potencial colectivo que existe neste país.
Nos dias que correm, devido a diversas actividades humanas, a qualidade do ar é muito inferior à encontrada do que à alguns anos atrás. A poluição causada pelos meios de transportes e pela actividade industrial reduziu em muito a qualidade do ar e por consequência a qualidade de vida. O aumento de problemas respiratórios nos últimos anos foi significativo e tem preocupado a medicina. A relação entre as necessidades de consumo e o nosso bem-estar é complexa. Para melhorar o bem-estar das pessoas criamos tecnologias e equipamentos, que ao serem produzidos, comercializados ou utilizados poluem o ar, o que por sua vez reduz 0 bem-estar. Será este balanço positivo? É uma resposta complicada e que ainda envolve muita controvérsia.
 A poluição do ar é um ponto preocupante e despertou um grande interesse a ambientalistas, médicos e industriais. A indústria olha para este problema, não só como uma consequência do seu trabalho, mas como um futuro mercado no qual investir. Isso foi o que aconteceu em Portugal, na empresa Airfree. A Airfree começou por ser desenvolvida com a iniciativa e a criatividade de um empresário português que tentava encontrar uma resposta eficaz para o alívio das crises alérgicas do filho.
A Airfree produz purificadores de ar domésticos. O primeiro protótipo foi desenvolvido tendo de base uma forma natural de destruir alérgenos no ar através do calor. Foram realizados diversos testes de microbiologia no INETI, que comprovara o potecial da ideia. A fase seguinte foi o desenvolvimento de um aparelhos em grande escala, para que mais famílias no Mundo pudessem desfrutar dos benefícios de um conceito simples e eficaz.
Nasce assim, em 2004, a Airfree, assinalada pelo lançamento de sua linha P de purificadores de ar, de design moderno e atrativo. Não foi unicamente um inicio de uma marca de purificadores de ar, mas de uma marca portuguesa que se preparava para conquistar o mundo com sua tecnologia de ar puro.
A comquista do mundos pela Airfree tem vindo a dar seus frutos, fabricando em Portugal diversos modelos de purificadores do ar, não só para o uso doméstico como também para o segmento comercial e industrial. Da produção total, cerca de 90% é diretamente exportado para mais de 50 países distribuídos pela Europa, Américas, Ásia e Médio Oriente.


Lótus é o purificador de ar mais recente da Airfree e foi um dos cinco finalistas do Prémio Inovação, organizado pela IHA – International Houseware Association, em Chicago, EUA. O purificador português foi um dos cerca de 600 produtos lançados naquele evento.
O Lótus é um purificador que assume a forma de uma flor de Lótus, as suas “pétalas” podem abrir para libertar no ambiente óleos essenciais, sendo que a luz central do aparelho pode ainda ser configurada em diferentes cores, ou colocada no modo de transição, em que as cores vão alternando de forma suave. Além do seu design moderno este difere dos restantes purificadores da Airfree devido à sua maior capacidade de esterilização, pelo que é ideal para locais amplos.

A Airfree é uma demostração da capacidade criativa transformando aquilo que é um problema, num mixo de mercado a explorar. Este é um exemplo caro do engenho e potencial encontrado em cada protuguês, neste Portugal Potencial.

Autor: Hector Nunes




domingo, 8 de junho de 2014

De Volta!


Olá caros amigos e leitores, estamos de volta após alguns problemas técnicos que nos mantiveram afastados. Espero que gostem dos novos artigos que iremos indo publicando. 

Portugal Bordado a ouro

     

    Após alguns problemas técnicos que nos mantiveram afastados, aqui estamos de volta para mostrar um pouco mais do nosso Portugal Potencial. Muitos são os estrangeiros que já descobriram o potencial deste país plantado às portas da europa, mas aos portugueses ainda fica muito por descobrir este seu país e seu próprio potencial. 
O Ouro é um metal nobre que sempre despertou muito interesse na Humanidade. Devidas ás suas propriedades este é um material metálico de elevado valor, que desde muito cedo na história da Humanidade teve um papel importante como moeda de transacção. O ouro já foi moeda de troca, e continua a ser sinal de bonança e riqueza. Este não é um material abundante em terras Lusas, mas em Portugal existe uma grande tradição de transformação deste material. A utilização do ouro na joalharia é em Portugal uma parte da sua História, sendo que foram desenvolvidas técnicas únicas no mundo para trabalhar de forma bem diferente ao geralmente encontrado, a filigrana Portuguesa.


A filigrana é um trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequenas bolas de metal, soldadas de forma a compor um desenho. O metal é geralmente ouro ou prata, mas o bronze e outros metais também são usados. A filigrana foi utilizada na joalharia desde a Antiguidade greco-romana, sendo ainda empregada em grande variedade de objectos decorativos. Em Portugal, esta ilustra motivos etnográficos da região minhota e é um símbolo tradicional bem Português. Estes elementos decorativos e de joalharia estão a evoluir para elementos mais modernizados para abranger um público mais diversificado. A filigrana é um trabalho inteiramente feita à mão e exige dos ourives o mais alto grau de paciência, imaginação e habilidade. Esta arte é uma arte meticulosa e aqueles que a sabem trabalhar, desenvolvem um grande gosto em cada trabalho concluído. 


A filigrana Portuguesa está a passar por uma fase de transformação, trazendo a filigrana a novos públicos. O Coração de Viana e a Caravela em filigrana são os motivos mais conhecidos desta arte, mas a introdução de novos materiais e aplicações está a permitir aumentar a visibilidade sobre esta arte bem Portuguesa. Recentemente a actriz Sharon Stone recebeu da empresa Douro Azul um colar com um Coração de Viana, que tem feito as delícias dos seguidores de tendências de moda. Diversos são os artesão que se dedicam a esta arte e tentam dar à mesma um novo ar fazendo assim deste produto mais apelativo.
A filigrana Portuguesa mostra-se como uma arte e um produto 100% Português, de valor acrescido. Este é mais um dos exemplos de um Portugal Potencial. 

Autor: Hector Nunes